quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Um alívio em tempos de crise

A crise financeira que assolou o mundo, teve, e continua a ter, fortes reprecurções no sector da banca. A concessão do credito, quer às famílias, quer o interbancário, diminuiu, pois a desconfiança tomou conta dos agentes económicos. Na maioria dos Estados, a injecção de liquidez por parte dos Governos foi a solução encontrada para se atenuar uma crise que trazia consigo a lembrança terrivel de 1929. Essa liquidez não deixou que alguns bancos falíssem, dando uma certa confiança às famílias de que as suas poupanças estariam seguras.
O Banco Central Europeu, desceu as taxas de juro na tentativa de incentivar o investimento e fazer com que a economia não estagnasse. Essa baixa do preço do dinheiro, será um alivio para as familias com dividas para com os bancos.
Em Portugal, se as expectativas estiverem correctas e, portanto, se as taxas de juro continuarem a descer, a euribor continuará a cair, e nos proximos 12 meses, as familias deverão gastar menos 14% com o crédito habitação, face aos custos que tiveram no último ano. No entanto, isto fará com que os bancos aumentem os “spreads” como forma de atenuar a descida da euribor, refletindo assim, o risco existente no mercado, tal como o risco de incuprimento (crédito “mal parado”), inerente à crise.
Este facto, vem, portanto, trazer uma “lufada de ar fresco” na vida de muitos portugueses, que deverão, no entanto, não entrar em euforias pois, esta crise financeira provocou turbulência e ainda se irá sentir, aponta Bruxelas, até 2010. O proximo ano, tudo indica, será de recessão económica, e portanto as familias deverão tomar consciencia da conjuntura que as rodeia. Mais informados e cintes desta situação poderão precaver-se melhor e, provavelmente, atenuar o impacto da recessão.

Ricardo Faria
rdmf13@hotmail.com
(artigo de opinião)

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