quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Pobreza em Portugal…

O Instituto Nacional de Estatística lançou na passada segunda feira um relatório sobre o rendimento e as condições de vida dos portugueses com dados referentes a 2007.
Deste relatório conclui-se que 18% da população está em risco de pobreza, indicador que se manteve face a 2006. A taxa de 18% corresponde à porção de habitantes com rendimento por adulto de cerca de 379 euros por mês. Os idosos são os mais afectados, sendo que as mulheres (idosas) verificam um maior risco de pobreza, embora a diferença entre ambos os sexos seja muito ténue. Os agregados com 1 adulto e crianças e os que são constituídos com 2 adultos e 3 ou mais crianças também apresentam um risco iminente de pobreza. Vemos ainda que o risco de pobreza antes das transferências sociais seria de 40% do total da população residente. Quanto á disparidade entre ricos e pobres, os que auferem salários superiores chegam a receber 6,5 vezes mais que os que recebem menos.
Portanto verifico que o país está com um problema grave “entre mãos”, ou seja, se as politicas a implementar não contribuírem para diminuir o nível de pobreza, poderemos pôr em risco não só vidas como também o desenvolvimento do país. Vejamos a pobreza afecta a evolução das qualificações e das competências dos cidadãos, pois se não existe rendimento suficiente para alimentar o agregado as crianças não irão á escola. No futuro teremos adultos com défice de conhecimentos o que comprometerá a taxa de produtividade e consequentemente o crescimento económico. Verifico, também, que os mais pobres além de já serem discriminados por o serem (pobres), serão discriminados no acesso a direitos sociais que deveriam ser iguais para todos. Por exemplo justiça, se um cidadão com menos rendimentos não poder acartar com as despesas não poderá usufruir desse direito.
Como tal é necessário rever o sistema de segurança social, mais precisamente a redistribuição dos rendimentos (pensões, abonos de família, etc.) para que o apoio monetário seja complementado com uma maior qualidade na provisão de bens e serviços que contribuem para o bem-estar das famílias. Isto terá efeitos positivos que se repercutirão na melhoria de condições de vida dos cidadãos, levando ao aumento do bem-estar e ao melhoramento de alguns indicadores económicos.

Raquel Catarina Vieira Ferreira
a49304@alunos.uminho.pt
(artigo de opinião)

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