domingo, 21 de dezembro de 2008

Regulação um mito em Portugal

Muitos psicólogos dizem que o ser humano apenas cresce após a superação dos bloqueios que vai encontrando ao longo da sua vida, é com a superação dos erros e bloqueios que avançamos para a próxima fase da nossa vida com as lições apreendidas dessa mudança e assim consecutivamente até ao estagio final da nossa vida, transpondo isso para a economia e Portugal, podemos dizer que é em tempos de crise que muitas lições se aprendem e é após ultrapassar essa crise que vêm o tempo de bonança, de pujança económica, pensemos por exemplo na grande depressão de 1929 a sua superação levou os EUA a alcançarem o topo da economia mundial.
Mas olhando para Portugal seria mos talvez a excepção que confirma a regra, crescemos rapidamente, talvez até rápido demais no passado, infelizmente agora continuamos a cometer erros atrás de erros e a comprometer o nosso futuro que em vez de céu limpo, parece uma tempestade contínua. As politicas económicas proclíticas que o governo continuam a tomar não parecem ajudar, há nove anos que somos enganados com a sub avaliação da inflação nos orçamentos de estado, há nove anos que o nosso crescimento não e digno de registo, e os cidadãos parecem continuar a apoiar estas medidas, inertes a viver da saudade. Na minha opinião não é preciso mais qualidade no capital humano, talvez seja sim preciso mais cultura geral, mais gosto pelo saber, pelo querer fazer e realizar como diriam os americanos a procura do sonho, se assim não for continuaremos numa sociedade onde ''O discurso politico é orientado a compreensão de uma criança de dez anos'' fazendo nos continuar no mesmo caminho.
Numa altura onde muito se fala de avaliação e formas de avaliação, talvez nos devêssemos perguntar onde está essa avaliação, essa regulação do poder político e económico, será justo pedir aos professores que avaliem colegas em matérias que não se encontram qualificados? Será justo pedir avaliação aos órgãos governativos? Quem regula ou avalia os contínuos erros do Banco de Portugal e do seu presidente, como é possível permitir um caso BPN, BPP entre outros e não haver repercussões, quando se faz um trabalho de fraca qualidade numa empresa o normal e ser dispensado do serviço, porque é que não acontece isso regularmente no governo, no sector empresarial publico onde as dividas da TAP, CP, CARRIS, Sistema de Saúde são esquecidas e aumentam a bom ritmo, quando é que será necessário pensar na divida externa portuguesa. Como é possível concordar com este mega plano de salvação do crédito em Portugal que quase imperceptível a nível de fornecimento de moeda por parte dos bancos as pessoas e as empresas antes pelo contrario tornou mais difícil o acesso ao credito. É preciso aumentar a confiança fomentar o investimento mas para isso acontecer é preciso regulação, acima de tudo acção por parte do Banco de Portugal que se faça sentir pois já sabemos que a sedentariedade faz mal a saúde, a saúde de nossa economia.

José Ferraz
jotahh@gmail.com
(artigo de opinião)

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