sexta-feira, 6 de abril de 2012

Aumento da perseguição às PM

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais é o responsável pela implementação de uma nova medida contra a fraude fiscal, que deverá estar no terreno até ao final do ano.
De acordo com a notícia do dia 30 de Março do Diário Económico online, o “Fisco prepara super-inspectores para apanhar evasão fiscal”. A preparação de equipas especializadas consoante o sector de atividade através de formações específicas é um dos meios que a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) pretende implementar.
Estas medidas vão de encontro à redução das receitas do Estado. A diminuição das receitas do estado levam a uma conclusão básica de que a Economia paralela aumentou para níveis nunca antes vistos. Portugal, tal como todos os outros países de habitantes “latinos”, será sempre conhecido por um país de habitantes habilidosos com o intuito de aumentar o seu “saco azul”.
Com a introdução de uma carga fiscal penalizadora sobre toda uma classe trabalhadora que se sacrifica dia após dia pela maximização do bem-estar da entidade patronal, o povo português vê a sua poupança aproximar-se do 0, podendo apenas consumir bens de necessidade básica. Por outro lado temos as entidades patronais com menores lucros porque não conseguem esvaziar os seus stocks em armazém. A única opção para estas entidades patronais passa pelo aumento da sua fuga ao fisco.
No meu entender, com a introdução desta política de austeridade as questões sociais e básicas foram postas de parte para aumentar o desfavorecimento dos  mais pobres, dos empregados do Estado e dos empregados das empresas privadas. O estado social deveria ser algo com que todo e qualquer político se deveria preocupar. As condições básicas de sobrevivência foram postas em causa e o povo português já não consegue levantar a cabeça pela vergonha de um país em tempos glorioso e agora acabado e tecnologicamente atrasado.
A fiscalização às entidades patronais deveria ser mais do que especializada por sectores de atividade. Deveriam existir entidades que controlassem os Portos de Mar, Empresas de transformação e até mesmo as cargas e descargas dos aviões que aterram em Portugal. Tudo deveria ser remexido, nada poderia ser colocado em camiões sem que previamente tivesse sido contado. O problema não se encontra nos retalhistas, até porque a estes já lhes são “impostas” as condições desta aliciante fuga ao fisco. O sistema foi montado pelos grandes e terá de ser pelos grandes que tem de cair. Se as matérias-primas chegassem a ser inteiramente facturadas seria desnecessário níveis tão elevados para o IVA ou até mesmo de impostos diretos e indiretos que ridiculamente são aplicados a quem menos culpa tem do estado em que o país se encontra.
Está na hora de se gastar para ganhar. O ditado é velho, mas valioso... “Dinheiro gera dinheiro”, porque para ganhar amanhã teremos de gastar / investir hoje...

Fábio Fiúza Moreira Veloso

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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