O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais é o
responsável pela implementação de uma nova medida contra a fraude fiscal, que
deverá estar no terreno até ao final do ano.
De acordo com a notícia do dia 30 de Março do Diário
Económico online, o “Fisco prepara
super-inspectores para apanhar evasão fiscal”. A preparação de equipas
especializadas consoante o sector de atividade através de formações específicas
é um dos meios que a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) pretende
implementar.
Estas medidas vão de encontro à redução das receitas do
Estado. A diminuição das receitas do estado levam a uma conclusão básica de que
a Economia paralela aumentou para níveis nunca antes vistos. Portugal, tal como
todos os outros países de habitantes “latinos”, será sempre conhecido por um
país de habitantes habilidosos com o intuito de aumentar o seu “saco azul”.
Com a introdução de uma carga fiscal penalizadora sobre
toda uma classe trabalhadora que se sacrifica dia após dia pela maximização do
bem-estar da entidade patronal, o povo português vê a sua poupança aproximar-se
do 0, podendo apenas consumir bens de necessidade básica. Por outro lado temos
as entidades patronais com menores lucros porque não conseguem esvaziar os seus
stocks em armazém. A única opção
para estas entidades patronais passa pelo aumento da sua fuga ao fisco.
No meu entender, com a introdução desta política de
austeridade as questões sociais e básicas foram postas de parte para aumentar o
desfavorecimento dos mais pobres, dos
empregados do Estado e dos empregados das empresas privadas. O estado social
deveria ser algo com que todo e qualquer político se deveria preocupar. As
condições básicas de sobrevivência foram postas em causa e o povo português já
não consegue levantar a cabeça pela vergonha de um país em tempos glorioso e
agora acabado e tecnologicamente atrasado.
A fiscalização às entidades patronais deveria ser mais do
que especializada por sectores de atividade. Deveriam existir entidades que
controlassem os Portos de Mar, Empresas de transformação e até mesmo as cargas
e descargas dos aviões que aterram em Portugal. Tudo deveria ser remexido, nada poderia
ser colocado em camiões sem que previamente tivesse sido contado. O problema
não se encontra nos retalhistas, até porque a estes já lhes são “impostas” as
condições desta aliciante fuga ao fisco. O sistema foi montado pelos grandes e
terá de ser pelos grandes que tem de cair. Se as matérias-primas chegassem a
ser inteiramente facturadas seria desnecessário níveis tão elevados para o IVA
ou até mesmo de impostos diretos e indiretos que ridiculamente são aplicados a
quem menos culpa tem do estado em que o país se encontra.
Está na hora de se gastar para ganhar. O ditado é velho,
mas valioso... “Dinheiro gera dinheiro”, porque para ganhar amanhã teremos de
gastar / investir hoje...
Fábio Fiúza Moreira Veloso
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