Os transportes são um assunto
que tem dado muito que falar nos últimos tempos, devido à subida dos preços dos
bilhetes e dos passes, e das várias greves que têm vindo a ser feitas pelos
trabalhadores deste sector.
No que diz respeito à subida
dos preços dos passes, os mais afectados são os jovens e os idosos. No passado
mês de Fevereiro os preços dos passes aumentaram em média 10,5% para os
reformados, pensionistas e desempregados que ganhem menos de 503 Euros/mês, e para quem que tem até 23 anos ou idosos que ganhem mais de 503 Euros/mês ronda
os 57%. Como vemos, são aumentos muito significativos neste período em que
muitas famílias se encontram a enfrentar grandes dificuldades.
Muitas
famílias recorrem aos transportes públicos, pois encontram aí uma forma de
poupar dinheiro uma vez que os combustíveis também têm aumentado de preço. Por
isso, recorrem aos transportes públicos porque estes ficam mais em conta,
deixando os carros em casa.
Mas , como vemos, estes também não têm ajudado muito pois
constantemente têm aumentado os preços dos bilhetes e vimos ultimamente a
redução dos descontos dos passes. Como já disse anteriormente, os mais
afectados são os idosos e os jovens, pois estes vêem os seus descontos
diminuídos significativamente, de forma que vão ver as suas despesas aumentar,
e muitas vezes não possuem os meios necessários para arcar com as mesmas, tendo
que fazer sacrifícios para poderem arcar com esta despesa.
Os
idosos sofrem muito com estes aumentos, na medida em que muitos possuem
reformas reduzidas, e estas têm de se divididas pelas despesas com a casa,
comida, transportes e medicamentos. E como sabemos, temos verificado um aumento
no preço dos bens alimentares e dos medicamentos. Ficando assim muitas vezes
numa situação muito desconfortável, tendo que fazer escolhas de o que vai
deixar de comprar para poder comprar o mais importante.
Outro aspecto importante que devemos ter em conta é a
qualidade do serviço. Com as várias greves que têm sido feitas nos últimos
tempos, muitos utentes que pagam pelos seus passes têm sido prejudicados, na
medida em que não conseguem se deslocar aos seus postos de trabalhos e escolas
porque não têm transporte. Pois muitas vezes nem os serviços mínimos são
garantidos, e também nem sempre encontram transportes alternativos, e quando os
encontram nem sempre têm lugares ou viajam em condições desagradáveis. E como
sabemos os transportes são muito importantes principalmente nas cidades grandes
como Lisboa e Porto, porque as distâncias são longas e estes são necessários na
deslocação das pessoas.
Na última greve dos transportes estimava-se que tenha
afectado, só na área da grande Lisboa, a circulação de cerca de 1,2 milhões de
pessoas. Na Carris, um dia de receitas de bilhetes vale, em média, cerca de
78.400 de euros, e é responsável por cerca de 650000 viagens por dia. Os
serviços mínimos que foram garantidos naquele dia representavam cerca 13% dos
serviços prestados. O que equivale a uma perda significativa dos rendimentos
que podiam ser gerados neste dia, o que não é nada favorável para uma empresa,
e nem para o país na actual situação em que se encontra.
Muitas
estatísticas feitas nos mostram que cada dia de greve representa uma
penalização muito grande no rendimento do país. Muitas são as vozes que dizem
que a adesão às greves tem diminuído, porque os portugueses estão a perceber
que a adesão à greve não vai alterar a actual situação do país, e que a
austeridade não vai diminuir tão cedo. E não estão em condições de perder um
dia de salário.
Apesar
de estas greves afectarem muita gente, temos de ter em conta que é um direito
que os trabalhadores têm. E que é uma forma de demonstrarem o seu
descontentamento em relação as condições de trabalho.
Cláudia
Novais
1 comentário:
Concordo e já agora aqui deixo este vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=V-CUCRnmdSo
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