A internacionalização das empresas portuguesas tem vindo
aumentando nos últimos anos. Permanece
baseada no investimento no exterior e na exportação mas, mesmo assim, os
parâmetros não são os desejados para quem quer atingir a média da União
Europeia. Na ultima década a variação foi inconstante, para isso contribuiu o
aparecimento da crise financeira e da entrada do Fundo Monetário Internacional
no país. O volume das exportações portuguesas tem uma correlação positiva com a
proximidade geográfica dos países, enquanto que o investimento no exterior
ainda só é efetuado por um nicho muito reduzido de empresas. O valor das
exportações Portuguesas em 2011 era de 42350 milhões de euros. O que leva estas
empresas exportar é o fato de encontrarem mercados com um menor grau de
concorrência e de exigência, para assim poderem obter aquilo que a entrada na
União Europeia veio tornar cada vez mais difícil para Portugal: lucros e
crescimento.
A Efacec é uma das empresas que encaixam neste
enquadramento. É uma empresa que trabalha quase exclusivamente na criação de
infra-estruturas de energia, tendo até hoje mais de 4500 colaboradores e um
volume de negócios que ultrapassa os 1000 milhões de euros, estando presente em
mais de 65 países. A sua criação aconteceu a 12 de Agosto de 1948, pelo o Sr.
Engº António Ricca. A Efacec ao longo da sua “vida” tem crescido a olhos vistos
e um dos seus passos mais importantes foi a sua abertura ao exterior, que aconteceu
em 1990, altura em que a globalização dava os seus primeiros passos. Com os
devidos investimentos, a Efacec vendeu produtos e serviços, entre 2006-2010, que
evoluíram do valor de 432.6 milhões de euros para 851.7 milhões de euros. No
mercado interno, a variação foi entre 258,6 milhões de euros e 283.9 milhões de
euros. No mercado externo, o crescimento foi de 174 milhões de euros para 567.9
milhões de euros. Portanto, o crescimento total das vendas entre 2006-2010 foi
de 50% (9% no mercado interno e 41 % no mercado externo). Em 2011 recebeu uma
menção honrosa nos prémios de Internacionalização, promovido por duas grandes
instituições: o BES e o Jornal de Negócios.
A Efacec é um dos exemplo que comprova o fato de Portugal ter
e necessitar de reforçar estruturas e capacidades para produzir mais e exportar
mais, assim melhorando a nossa balança de pagamentos e promovendo o
crescimento. Para isso, é necessário que as nossas forças políticas unam
esforços no sentido de promover a competitividade e subsidiar investimentos no estrangeiro,
ajudando as empresas a manter alguns dos seus postos de trabalho, ou, criando
novos. Não é só pela via do corte da despesa do estado que se resolve a
situação macroeconómica gravíssima que atravessamos neste momento.
Marílio Meireles
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