segunda-feira, 30 de abril de 2012

EFACEC- um exemplo de internacionalização

A internacionalização das empresas portuguesas tem vindo aumentando nos últimos anos.  Permanece baseada no investimento no exterior e na exportação mas, mesmo assim, os parâmetros não são os desejados para quem quer atingir a média da União Europeia. Na ultima década a variação foi inconstante, para isso contribuiu o aparecimento da crise financeira e da entrada do Fundo Monetário Internacional no país. O volume das exportações portuguesas tem uma correlação positiva com a proximidade geográfica dos países, enquanto que o investimento no exterior ainda só é efetuado por um nicho muito reduzido de empresas. O valor das exportações Portuguesas em 2011 era de 42350 milhões de euros. O que leva estas empresas exportar é o fato de encontrarem mercados com um menor grau de concorrência e de exigência, para assim poderem obter aquilo que a entrada na União Europeia veio tornar cada vez mais difícil para Portugal: lucros e crescimento. 
A Efacec é uma das empresas que encaixam neste enquadramento. É uma empresa que trabalha quase exclusivamente na criação de infra-estruturas de energia, tendo até hoje mais de 4500 colaboradores e um volume de negócios que ultrapassa os 1000 milhões de euros, estando presente em mais de 65 países. A sua criação aconteceu a 12 de Agosto de 1948, pelo o Sr. Engº António Ricca. A Efacec ao longo da sua “vida” tem crescido a olhos vistos e um dos seus passos mais importantes foi a sua abertura ao exterior, que aconteceu em 1990, altura em que a globalização dava os seus primeiros passos. Com os devidos investimentos, a Efacec vendeu produtos e serviços, entre 2006-2010, que evoluíram do valor de 432.6 milhões de euros para 851.7 milhões de euros. No mercado interno, a variação foi entre 258,6 milhões de euros e 283.9 milhões de euros. No mercado externo, o crescimento foi de 174 milhões de euros para 567.9 milhões de euros. Portanto, o crescimento total das vendas entre 2006-2010 foi de 50% (9% no mercado interno e 41 % no mercado externo). Em 2011 recebeu uma menção honrosa nos prémios de Internacionalização, promovido por duas grandes instituições: o BES e o Jornal de Negócios.
A Efacec é um dos exemplo que comprova o fato de Portugal ter e necessitar de reforçar estruturas e capacidades para produzir mais e exportar mais, assim melhorando a nossa balança de pagamentos e promovendo o crescimento. Para isso, é necessário que as nossas forças políticas unam esforços no sentido de promover a competitividade e subsidiar investimentos no estrangeiro, ajudando as empresas a manter alguns dos seus postos de trabalho, ou, criando novos. Não é só pela via do corte da despesa do estado que se resolve a situação macroeconómica gravíssima que atravessamos neste momento.

Marílio Meireles

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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