segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Da saga o outro lado da moeda da Covid-19: o comércio eletrónico como potencial arma de combate à pandemia

 

Como explicar o comércio eletrónico a outras pessoas? Já parou para pensar  que no meio do caos há sempre uma oportunidade? Mais uma vez, vendo o lado positivo desta problemática que é a Covid-19, podemos averiguar que a crise sanitária tem vindo a estimular a criatividade empresarial, que ideias inovadoras são necessárias para salvar os negócios.

O comércio eletrónico pode ser aplicado a qualquer tipo de negócio ou transação comercial que implique a transferência de informação através da Internet. É de salientar que o e-commerce tem vindo a ser um dos fenómenos mais importantes e responsável pelo crescimento e evolução da internet. A internet tornou o mundo mais dinâmico, onde tudo se faz ao toque de um rato ou teclado e funciona como uma oportunidade de ver crescer os negócios à distância de um clique. A compra e venda de produtos através da internet tornou-se essencial numa época de crescente utilização da internet, em que a maioria dos consumidores fazem parte da geração que não dispensa estar online nos dispositivos eletrónicos.

Portugal, a nível europeu, é um dos mercados com um menor volume de compras online. Em 2002, segundo o Eurostat, apenas 3% dos portugueses realizaram compras online, contra uma média de 13% na União Europeia. Ao longo dos anos, Portugal repensou as suas estratégias online, empenhando-se assim nas plataformas do comércio eletrónico, mas nunca olhando para o mercado online como aposta principal, mantendo os espaços físicos como principal canal de compras.

Como sabemos, todas as vantagens veem acompanhadas de desvantagens, portanto, para o comércio eletrónico não seria diferente. O uso do comércio eletrónico permite os consumidores transacionarem bens e serviços sem barreiras de tempo ou distância. Para a situação que enfrentamos atualmente, é bastante vantajoso uma vez que permite aos consumidores comprar ou fazer outras transações 24 horas por dia, de modo a satisfazerem as suas necessidades básicas, e permitindo também que mais pessoas trabalhem em casa e tenham de sair menos para efetuar as suas compras. Mantêm, assim, a segurança das mesmas para não terem de frequentar locais públicos e, em razão disso, correrem risco de contaminação.

Em contrapartida, temos quebras de relacionamento humano, impossibilidade experimentar o produto antes da compra, e insuficiência de segurança nos sistemas, fiabilidade, normas e protocolos de comunicação. Pode-se dizer que a economia está em “stand by” devido ao COVID-19 mas, apesar de todas as anomalias que tem vindo a causar na economia, o comércio eletrônico tem sido uma arma importante no combate ao que se pode traduzir num total declínio da economia.

O surto da Covid-19 tem tido impactes negativos nos negócios, em geral, sendo que umas áreas enfrentarão maiores desafios do que outras, mas todas elas terão de lidar com uma transformação e adaptar-se a esta nova realidade. Com o isolamento e distanciamento social tiveram que encerrar alguns estabelecimentos comerciais por não serem considerados serviços de primeira necessidade, tendo assim decréscimos no consumo em locais físicos, fazendo os consumidores a recorrer cada vez mais as compras pela internet.
“A necessidade de consumo continua a existir e a fazer parte da vida de todos…”, portanto, esta é a oportunidade para aqueles que pretendem permitir aos consumidores satisfazerem as suas necessidades sem ter de “pôr um pé fora de casa”. Assim, o comércio eletrónico aparece como solução para dar resposta às necessidades dos consumidores. No entanto, é de salientar que embora
o comércio eletrónico tenha vindo a ganhar uma importância muito mais notável, ainda é necessária uma melhoria dos negócios online que permita mais confiança e segurança por parte das empresas e dos consumidores.


PALOMA WAHNON VAZ

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia da EEG/UMinho]

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