As alterações climáticas são causadas pelo aquecimento global e referem-se às variações meteorológicas de longo-prazo na Terra, tais como as alterações na temperatura, nos níveis do mar e na precipitação. Desde a criação da Terra que o clima vem a mudar, no entanto, foram nos últimos 150 anos que as temperaturas aumentaram de uma forma mais rápida. Será que as indústrias são umas das maiores causadoras deste rápido aumento ou será apenas uma coincidência acontecer justamente na era industrial?
Na
verdade, uma das principais causas das alterações climáticas é a combustão de
petróleo, gás natural e carvão por parte das indústrias e dos meios de
transporte, pois emitem gases com efeito de estufa para a atmosfera. No entanto,
também outras atividades, como a agricultura, o aumento do uso de fertilizantes
químicos para satisfazer a necessidade de alimentação da crescente população e
a imparável desflorestação contribuem para a sua propagação. Ainda que sem o
efeito de estufa, a temperatura do nosso planeta seria de -18⁰C. As atividades
humanas diárias, para além de manterem este efeito ainda o maximizam, aumentando
ainda mais a temperatura e colocando a saúde de milhares de pessoas em risco.
Todos
os países contribuem para o aumento do efeito de estufa, tornando-se em parte responsáveis,
mas a responsabilidade centra-se em países maioritariamente industrializados, como
a China, os Estados Unidos, a Índia, a Rússia e o Japão. O Japão é o país mais
ameaçado pelas mudanças climáticas e, do meu ponto de vista, seria justo que
também os outros quatro países obtivessem as maiores consequências pelos seus
atos. Todavia, são os países mais pobres e que menos contribuem para o aumento
do efeito de estufa que mais sofrem.
A economia tem sido gravemente afetada,
principalmente no grupo de países mais industrializados que podem perder cerca
de 8,5% do PIB (duas vezes mais que a perda causada pela covid-19) se as
mudanças climáticas continuarem a não ser controladas. Isto significa que, mundialmente,
perde-se cerca de 10% do valor económico se as alterações climáticas
continuarem na trajetória prevista.
Dividindo
a União Europeia em cinco regiões, o sul da Europa é a região mais afetada com
os impactes das alterações climáticas, sendo que os países nela compreendidos
(Portugal, Espanha, Itália, Grécia e Bélgica) apresentam as maiores quedas em
bem-estar económico, que normalmente cresce em 2 pontos percentuais, e pode ter
uma queda entre 0,3% e 1,6% ao ano.
Na
minha opinião, a maior parte das pessoas não tinha noção de como seriam as
consequências do aumento do efeito de estufa e, desta forma, não foram tomadas
grandes medidas logo no início, o que poderia evitar grande parte das
consequências futuras. Hoje em dia, tem-se tomado a nível do governo nacional e
também por parte da União Europeia medidas de controle de forma a estabilizar
as mudanças climáticas, no entanto, a grande forma de evitar estas
consequências são a diminuição do consumo de carne, a reutilização de materiais
e o uso de painéis fotovoltaicos. Estas formas de prevenção podem ser feitas
por cada pessoa e assim é necessária a consciencialização para que tal aconteça,
e também consciencializar as empresas e indústrias para a sustentabilidade
visto que ainda muitas destas apresentam produções insustentáveis e que
contribuem para o aumento do efeito de estufa.
Medidas
de combate ao aquecimento global são grandes oportunidades para garantir o
desenvolvimento sustentável e impulsionar o crescimento económico. Desta forma,
a adoção de medidas de caráter climático pode gerar cerca de 26 bilhões de
dólares, ou seja, cerca de 23 bilhões de euros de lucro económico até 2030,
permitindo o aumento de 65 milhões de novos empregos com baixas emissões de
carbono.
Eduarda Castro
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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