O gigante asiático. Este é o cognome pelo qual ficou internacionalmente conhecida a China. Caraterizada por ser a segunda maior potência económica e a maior exportadora mundial, esta tem demonstrado o inigualável poder que assume nos setores manufatureiro e agrícola.
Acredita-se
que a expansão e reconhecimento dos produtos concebidos nestes dois setores
devem-se, principalmente, ao comércio eletrónico, mais conhecido por e-commerce.
O e-commerce permite a venda e compra de bens e serviços transacionados eletronicamente,
embora o seu pagamento e meio de entrega não tenham necessariamente de ser
efetuados online. Permite ainda expandir diversos negócios nos mercados,
consoante as necessidades do seu público-alvo.
Atualmente, a China é o país que apresenta a maior percentagem de vendas provenientes do e-commerce no total das vendas a retalho. Estima-se que, em 2021, pela primeira vez, a maioria das vendas a retalho, cerca de 52,1%, seja transacionada online.
Tendo
isto em conta, como foi possível que a China se tornasse, gradualmente, líder
na gestão do e-commerce? Apesar de diversas opiniões económicas, acredita-se
que o boom inicial deste tipo de comércio poderá estar relacionado com o
fácil uso do m-commerce (comércio realizado através de dispositivos
móveis) e com a emergência de plataformas, como o Alibaba e o JD.com.
Atualmente, ambos apresentam uma utilização frequente, permitindo, assim, acesso
completo a uma variedade exorbitante de produtos, a preços acessíveis.
Os
principais motivos que fazem do gigante asiático o maior beneficiário do e-commerce
não cessam por aqui. O uso massivo das várias redes sociais facilita o contacto
com diferentes marcas online,
permitindo e incentivando, desta forma, a compra dos seus produtos, aquilo que
designamos de social commerce. Este ano, estima-se que o comércio social
aumente em 35,5%, permitindo a chegada de 363,26 biliões de dólares à economia
chinesa.
Por
outro lado, ao nível de negócios, surgiram marcas, como Pinduoduo, que
promove a agricultura e a ajuda a comunidades rurais através do uso exclusivo
da economia digital. Em 2021, espera-se que esta atividade contribua para o
aumento em cerca de 13,2% de e-commerce na China.
Com
a instalação da crise pandémica, o uso do e-commerce subiu exponencialmente,
principalmente durante os lockdowns. Os
consumidores procuravam incessantemente por bens e serviços de diferentes
categorias nas várias plataformas, tendo-se observado, inclusive, um aumento das
compras online no setor do retalho
alimentar, algo anteriormente nunca registado. Atualmente, e apesar do gradual
regresso à normalidade, muitos continuam a optar por fazer as suas compras na
internet pela maior segurança e facilidade que atribuem ao seu processo.
Do
meu ponto de vista, o aumento das várias funcionalidades do e-commerce
permitiu que muitas empresas renovassem as suas estratégias, focando-se nas
componentes mais digitais, reforçando assim o seu nome no mercado. Os
consumidores, por sua vez, descobriram métodos mais cómodos e acessíveis para satisfazer
as suas necessidades. Desta forma, as mudanças assistidas reinventaram o e-commerce
e reformularam a economia chinesa, tornando-a num exemplo para outros países.
Eduarda
Lima
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Sem comentários:
Enviar um comentário