O efeito de gases com efeito de estufa é o principal responsável pelas alterações climáticas no Planeta, que afeta bastante a economia mundial e onde se prevê um aumento de 2ºC no aquecimento global, correspondente a um impacte até 11% no PIB. Uma medida crucial que combata isto pode ser a utilização de transportes sustentáveis, que contribuiria para a recuperação e o crescimento da economia. Contudo, estes poderiam trazer desigualdades entre os indivíduos visto que nem todos conseguiriam ter acesso aos mesmos.
Para solucionar isto, a UE comprometeu-se a reduzir, até
2050, 90% desses efeitos no setor do transporte, através do Objetivo 55,
apresentado em julho de 2021, que inclui os objetivos do Pacto Ecológico
Europeu visando a descarbonização e o aumento da sustentabilidade da mobilidade
europeia. Pretendia reduzir a pegada ambiental do setor da aviação e até 75% a
intensidade das emissões de gases com efeito de estufa provenientes da energia
utilizada a bordo dos navios, promovendo a utilização de combustíveis mais
ecológicos.
O transporte ferroviário é considerado o meio de transporte
mais sustentável, existindo a necessidade de aumentar a resiliência do setor e
de investir na interoperabilidade dos sistemas nacionais e no reforço da
conectividade.
A Comissão avançou com uma proposta de revisão da legislação
em vigor, destinada a acelerar a criação de uma infraestrutura de carregamento
de veículos com combustíveis alternativos, incluída no Objetivo 55, ficando o
Conselho de analisar esta proposta.
O Acordo de Paris foi adotado em
dezembro de 2015 e entrou em vigor em novembro de 2016, com o objetivo de
limitar o aumento da temperatura média global a níveis bem abaixo dos 2ºC acima
dos níveis pré-industriais, e prosseguir esforços para limitar o aumento da
temperatura a 1,5ºC, com o objetivo de reduzir os riscos e os impactes das
alterações climáticas.
Assim, a meu ver, é urgente que se faça
algo relativamente a este assunto se pretendemos viver com uma economia limpa
daquilo que nos prejudica a vários níveis, usando de forma inteligente os
recursos naturais a que temos acesso, sem prejudicar as gerações futuras,
tentando poluir o menos possível. Estarmos perante uma indústria de carbono
zero é contribuir para o desenvolvimento sustentável, para a sustentabilidade
e, consequentemente, para o crescimento económico, com efeitos bastante
positivos para a economia!
Joana Correia
Bibliografia
https://www.consilium.europa.eu/pt/policies/clean-and-sustainable-mobility/
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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