quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Internacionalizar ou não?

A internacionalização é um processo no qual uma empresa comercializa os seus produtos ou serviços fora do seu mercado de origem, expandindo assim para mercados externos. Com a globalização e com a crescente liberalização internacional das actividades comerciais, a internacionalização das empresas é não só uma opção como é também uma preocupação. O mercado internacional pode literalmente salvar muitas empresas e permitir a outras um crescimento superior ao que seria possível se continuassem a operar apenas no mercado interno.
Hoje em dia, os empresários portugueses enfretam um dilema: devem internacionalizar a empresa ou não? Antes de mais é preciso pesar as vantagens e as desvantagens deste processo.
Começo pelas vantagens, que no caso português, a mais importante será a diminuição da dependência do mercado interno, pois através da exportação dos seus produtos ficará menos dependente dos resultados do comércio interno (que em Portugal se encontra saturado). Mas há outras, como o fortalecimento da posição comercial da empresa,  que lhe permite maximizar os lucros ao beneficiar de economias de escala, e a diminuição da dependência da sazonalidade (para o caso de empresas com produtos sazonais).
No caso das desvantagens, temos obstáculos legais e administrativos (novas regulamentações e regimes fiscais,...) e os problemas de adaptação que o produto pode ter para se adaptar aos novos mercados.
Esta é uma solução para um problema que condiciona a maioria das empresas nacionais: a saturação do mercado nacional. Sendo que esta é considerada uma das principais razões para internacionalizar, pois condiciona fortemente o crescimento das empresas.
A  procura de outras oportunidades fora de Portugal foi um aposta natural para contrariar a diminuição da procura interna. Como é o caso de empresas como a Noesis, criada em 1995 e com uma faturação de 23 milhões de euros em 2015, que tem apostado na internacionalização, com a abertura de novos escritórios em paises como a Irlanda e Holanda, e deve acabar o ano de 2016 com vendas totais na ordem dos 28 milhões de euros.
Sendo assim, a internacionalização serve como potencialização do cresimento das empresas e dos produtos. Por isso, é muito importante que as empresas e os empresários pensem neste processo como um passo rumo ao crescimento.

Nuno Alexandre Santos Nunes de Sousa

Referências:

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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