quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Será a internacionalização das empresas importante para o seu crescimento?

A internacionalização define-se pelas trocas económicas, políticas e culturais entre vários países, onde as empresas comercializam os seus produtos e serviços fora do seu mercado local, ou seja, vendem em mercados externos. A internacionalização é uma das respostas empresariais ao desafio da globalização.
Estas trocas comerciais têm vindo a crescer e a ganhar especial destaque em contexto empresarial devido à abertura e alargamento dos mercados, e ao desenvolvimento tecnológico que permite a criação de novos e modernos produtos. Com o aumento do número de empresas no mercado, a concorrência entre elas é cada vez maior e feroz, daí nenhuma delas poder baixar o ritmo de inovação e qualidade dos produtos e limitar-se a permanecer no mercado.
Para uma empresa não ser ultrapassada e ameaçada por outra deve estar sempre atenta e pronta para reagir às mudanças da sociedade e responder de forma rápida e eficaz aos desafios que se vão colocando no seu percurso, e que podem colocar em risco a sobrevivência da empresa. Para tal não acontecer é necessário que as empresas sejam o mais internacionais possível, isto é, tenham um largo e vasto mercado para poder chegar a diversificados consumidores, cujas preferências são distintas e diversificadas, e conseguir escoar toda a produção realizada.
Através da internacionalização, as empresas são obrigadas a terem vários tipos de competências específicas e essenciais para se destacarem no meio de tantas outras e poderem crescer em termos económicos. Quando se fala em Pequenas e Média Empresas, esta questão tem um peso ainda maior, uma vez que possibilita o crescimento da empresa não só em termos de capitais mas também em termos de dimensão.
Atualmente, com a forte concorrência e a nova organização mundial do setor empresarial, torna-se indispensável definir novas formas estratégicas que garantam a manutenção e desenvolvimento da empresa na envolvente internacional. Desta forma, existem algumas estratégias para levar a produção nacional para mercados internacionais, tais como a exportação indireta e direta, franchising, alianças estratégicas e investimento direto estrangeiro (IDE). Do meu ponto de vista, a que traz mais vantagens às empresas é o IDE, na medida em que é a forma mais rápida de obter capital, ter acesso aos canais de distribuição, ganhar com a experiencia de gestão e com a reputação da marca, diminuindo a concorrência e atualizando as tecnologias no processo de fabrico – maior eficiência operacional.
Neste processo de internacionalização é importante referir o impacto que os fatores de competitividade e as estratégias de globalização têm para as empresas conseguirem acompanhar a inovação e o crescimento dos mercados atuais. Assim, por um lado, é necessário identificar os pontos fortes e os pontos fracos da empresa de modo a avaliar a alocação, utilização e eficiência dos recursos, ou seja, identificar onde é que a empresa falha para corrigir os erros e poder ganhar vantagens com a internacionalização. Por outro lado, é também importante identificar as melhores oportunidades para expandir a produção a vários países, ou seja, encontrar mercados onde se espera obter lucro, que sejam atrativos, que não tenham elevada concorrência e que sejam territórios localizados estrategicamente.      
Finalizando, penso que a internacionalização das empresas passa muito pela qualidade dos seus produtos ou serviços mas também pela forma como eles são divulgados e chegam ao consumidor final, uma vez que uma empresa deve ser persuasiva e convincente de que o seu produto é único e que detém caraterísticas específicas que o tornam um produto insubstituível.
 Assim sendo, a internacionalização dá vida e destaque às empresas e aos seus produtos de uma forma que potencializa o capital financeiro e humano. Por isso, é importante para o crescimento e manutenção das empresas que estas sejam internacionalizadas.

Beatriz Esteves Coelho

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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