sábado, 1 de outubro de 2016

Portugal 2020 – A Saída da Crise

Tratando-se de um Acordo de Parceria com a Comissão Europeia, Portugal 2020 é um projeto que visa o desenvolvimento económico, social e territorial português entre 2014 e 2020.
Este programa faz parte da Europa 2020, que pretende tornar a economia europeia mais inteligente, sustentável e inclusiva, de modo a ajudar os Estados-Membro a atingir níveis elevados de emprego, de produtividade e de coesão social. Concretamente, a UE definiu cinco objectivos ambiciosos em matéria de emprego, inovação, educação, inclusão social e clima/energia que deverão ser alcançados até ao final da década. Cada Estado-Membro adoptou os seus próprios objectivos nacionais em cada uma dessas áreas.
Em Portugal,  o projeto começou com o mapeamento de escolas feito pelo anterior Governo, e espera receber 25 mil milhões de euros até 2020. O incremento das exportações, Cumprimento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos, Redução dos níveis de abandono escolar precoce, Integração das pessoas em risco de pobreza e combate à exclusão social, Promoção do desenvolvimento sustentável, numa óptica de eficiência no uso dos recursos, Racionalização, modernização e capacitação da Administração Pública, são alguns dos principais objetivos das poliíticas a prosseguir no Portugal 2020.
Este projeto é essencial para Portugal, uma vez que funciona como uma fonte de investimento - um elemento crucial para qualquer economia moderna, ainda mais para a economia portuguesa, que (por tradição) tem um dos valores mais baixos da UE, e que, desceu ainda mais desde 2009. Assim, este projeto pode funcionar como um ‘’antídoto’’ para a economia portuguesa, uma economia frágil, que precisa de medidas expansionistas para contrariar o efeito da crise, e não medidas de austeridade, que se verificaram nos últimos 5 anos, e que levaram Portugal à recessão.
 Estas medidas visam gerar crescimento económico através de investimento em obras públicas, parcerias público-privadas e acordos de colaboração com municípios, que por sua vez gerará emprego, estimulando o consumo e, por conseguinte, a economia de cada região. Acordos destes foram assinados ainda nesta sexta-feira pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, em Gaia, para celebrar mais 51 acordos de colaboração com 26 municípios. Até ao momento, já há entendimento firmado para a reabilitação de 95 estabelecimentos dos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico (EB 2,3) e secundárias no valor de 146 milhões. No entanto, serão celebrados novos acordos de colaboração em breve, até porque o Governo socialista prevê gastar um total de 235 milhões de euros na recuperação de mais de 200 estabelecimentos de ensino.
Além disso, estes acordos são um passo fundamental para a Descentralização do Poder Central (a favor do Poder Local), mais uma vez, um fator essencial para Portugal, que regista um dos valores mais baixos de Descentralização Financeira da Europa Ocidental.
Assim, podemos concluir que, se este projeto for bem aplicado, pode ter consequências extraordinárias para a economia portuguesa e retirar Portugal do contexto de crise. Por sua vez, isso trazia confiança para os investidores e a diminuição das taxas de juro da dívida pública. No entanto, os fundos deste projeto devem ser bem distribuídos e aplicados de forma sustentável, de modo a que sejam benificiados aqueles que mais necessitam: os cidadãos.

Lucian Cristian Lipciuc

Dados retirados do Jornal de Notícias (http://www.jn.pt/nacional/interior/70-mil-alunos-terao-escolas-renovadas-5417742.html) , Pordata, e sítíos como:

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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