quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A Aposta Portuguesa no Turismo

O termo turismo, em sentido restrito, é o conjunto de atividades que requerem a deslocação de pessoas de um sítio para outro, fora da sua área de residência, e implica a que o visitante pernoite fora do lugar de residência habitual. Porém, se nos debruçarmos sobre esta definição, conseguimos distinguir vários tipos do turismo, tais como: o turismo de consumo, o turismo cultural, o turismo religioso, o turismo rural, o turismo de negócios, entre outros.
Em termos globais, o contributo do turismo na economia é importantíssimo, quer seja para o PIB, para as exportações, para o investimento, quer para a criação de emprego.
A nível mundial, a Europa é o principal destino turístico, destacando-se o impacto do turismo no desenvolvimento de várias regiões europeias, principalmente nas regiões menos desenvolvidas, devido ao seu considerável efeito de contágio e potencial de criação de emprego, principalmente entre os jovens.
O Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) apoia a competitividade, a sustentabilidade e a qualidade do turismo a nível regional e local. O turismo está relacionado com a promoção do património natural, histórico e cultural, e com a atratividade das cidades e das regiões enquanto locais para viver, trabalhar e visitar. Naturalmente, está também associado ao desenvolvimento, inovação e diversificação de produtos e serviços disponibilizados aos visitantes.
Segundo o DN, Portugal, em 2016, recebeu 19,1 milhões de turistas e, segundo as previsões, em 2017, deverá receber, pelo menos, 22 milhões de turistas.
Relativamente ao mercado de trabalho, em 2016, o setor do turismo criou 27 mil novos postos de trabalho, ou seja, criou um terço dos empregos em Portugal. A maior fatia destes novos postos de trabalho foi criada na restauração (19 mil).
No final de 2016, as receitas turísticas fixaram-se nos 12,7 mil milhões de euros (mais 1,22 mil milhões do que no ano anterior), com 53,5 milhões de dormidas e 19,1 milhões de hóspedes registados nos alojamentos turísticos nacionais.
Ainda de acordo com o DN, em 2016, surgiram 4.455 novos restaurantes, hotéis e afins, o que representará um aumento de 3,2% relativamente ao ano anterior.
A imprensa estrangeira também publicita o nosso país. Por exemplo, The Huffington Post, usou a dada altura o seguinte slogan: “Portugal, o país que todos vão visitar em 2017”. Este portal norte-americano menciona “as aventuras na natureza, as cidades históricas e o famoso vinho” como três dos principais atrativos para quem quer visitar Portugal. Exalta também “as praias deslumbrantes”, “as cidades vibrantes” e “as ilhas exuberantes”, destacando, além de Lisboa, os Açores, o Minho e o Algarve.
Concluo que o setor turístico português está em crescimento, tem gerado postos de trabalho, tem contribuído para a preservação do nosso património, para além de ser uma importante fonte de receitas. Porém, é preciso melhorar a atratividade do país e oferecer serviços e produtos que suscitem cada vez mais o interesse internacional. Nesse sentido, creio, que os órgãos do poder central e autárquico, bem como as diversas associações (Nacional de Turismo, Hotelaria de Portugal, Agências de Viagens e Turismo), deverão cooperar mais para aumentar o turismo em todo o país. Sem dúvida que os encantos de Portugal existem no litoral e no interior, no meio rural e no meio urbano, nas pequenas e nas grandes cidades. Assim, todo o país poderá beneficiar com o desenvolvimento económico inerente ao turismo.

Inês Rute Almeida Calhau

Referências:
https://www.dn.pt/dinheiro/interior/em-2017-vamos-ultrapassar-os-22-milhoes-de-turistas-8760811.html

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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