quinta-feira, 5 de outubro de 2017

´Record` na Dívida Pública

A dívida pública portuguesa, na ótica de Maastricht, ou seja, a dívida das Administrações Públicas relevante no contexto da supervisão orçamental europeia, agravou-se ligeiramente em julho face ao mês anterior, o suficiente para fixar um novo recorde de 249.165 milhões de euros.

O agravamento, segundo o Banco de Portugal, foi de 81 milhões de euros em comparação ao mês anterior. A subida não foi a mais significativa a níveis percentuais em relação a análises anteriores, mas em termos reais foi o suficiente para a criação de um novo ´record` na dívida pública.

“O aumento de certificados do Tesouro e outros depósitos junto das administrações públicas em 0,6 mil milhões de euros e emissões líquidas negativas de títulos no mesmo montante”, e o "acréscimo de empréstimos no montante 0,1 mil milhões de euros, resultante do aumento de empréstimos junto de bancos residentes, com destaque para o acordo assinado entre o Estado e o Banco Santander Totta respeitante aos contratos de derivados com empresas públicas de transportes (2,3 mil milhões de euros)", são as razões pela qual a dívida pública atingiu novos ´records`, diz o Banco de Portugal.

Apesar do esforço com o novo reembolso da dívida ao FMI, a mesma acabou por ser anulado pelos efeitos mencionados acima, num valor de 1,8 mil milhões de euros, não conseguindo fazer grande coisa para evitar o novo ´record`.
Quanto à dívida pública líquida de depósitos, houve um aumento de 900 milhões de euros, para 230,3 mil milhões de euros, no mesmo período em análise.

Francisco Silva 

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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