Como explicar o
comércio eletrónico a outras pessoas? Já parou para pensar que no meio do caos há sempre uma
oportunidade? Mais uma vez, vendo o lado positivo desta problemática que é a
Covid-19, podemos averiguar que a crise sanitária tem vindo a estimular a
criatividade empresarial, que ideias inovadoras são necessárias para salvar os
negócios.
O comércio
eletrónico pode ser aplicado a qualquer tipo de negócio ou transação comercial que implique a transferência de informação através
da Internet. É de salientar que o e-commerce
tem vindo a ser um dos fenómenos mais importantes e responsável pelo
crescimento e evolução da internet. A internet tornou o mundo mais dinâmico,
onde tudo se faz ao toque de um rato ou teclado e funciona como uma
oportunidade de ver crescer os negócios à distância de um clique. A compra e
venda de produtos através da internet tornou-se essencial numa época de
crescente utilização da internet, em que a maioria dos consumidores fazem parte
da geração que não dispensa estar online
nos dispositivos eletrónicos.
Portugal, a nível europeu, é um
dos mercados com um menor volume de compras online.
Em 2002, segundo o Eurostat, apenas 3% dos portugueses realizaram compras online, contra uma média de 13% na União
Europeia. Ao longo dos anos, Portugal repensou as suas estratégias online, empenhando-se assim nas
plataformas do comércio eletrónico, mas nunca olhando para o mercado online como aposta principal, mantendo
os espaços físicos como principal canal de compras.
Como sabemos, todas as vantagens
veem acompanhadas de desvantagens, portanto, para o comércio eletrónico não seria diferente.
O uso do comércio eletrónico permite os consumidores transacionarem bens e
serviços sem barreiras de tempo ou distância. Para a situação que enfrentamos
atualmente, é bastante vantajoso uma vez que permite aos consumidores comprar ou fazer outras transações 24 horas por
dia, de modo a satisfazerem as suas necessidades básicas, e permitindo também
que mais pessoas trabalhem em casa e tenham de sair menos para efetuar as suas
compras. Mantêm, assim, a segurança das mesmas para não terem de frequentar
locais públicos e, em razão disso, correrem risco de contaminação.
Em
contrapartida, temos quebras de relacionamento humano, impossibilidade experimentar
o produto antes da compra, e insuficiência de segurança nos sistemas,
fiabilidade, normas e protocolos de comunicação. Pode-se dizer que a economia
está em “stand by” devido ao COVID-19 mas, apesar de todas as anomalias que tem
vindo a causar na economia, o comércio eletrônico tem sido uma arma importante
no combate ao que se pode traduzir num total declínio da economia.
O surto da
Covid-19 tem tido impactes negativos nos negócios, em geral, sendo que umas
áreas enfrentarão maiores desafios do que outras, mas todas elas terão de lidar
com uma transformação e adaptar-se a esta nova realidade. Com o isolamento e
distanciamento social tiveram que encerrar alguns estabelecimentos comerciais
por não serem considerados serviços de primeira necessidade, tendo assim
decréscimos no consumo em locais físicos, fazendo os consumidores a recorrer
cada vez mais as compras pela internet.
“A necessidade de consumo continua a existir e a fazer parte da vida de todos…”,
portanto, esta é a oportunidade para aqueles que pretendem permitir aos
consumidores satisfazerem as suas necessidades sem ter de “pôr um pé fora de
casa”. Assim, o comércio eletrónico aparece como solução para dar resposta às
necessidades dos consumidores. No entanto, é de salientar que embora o comércio eletrónico tenha vindo a ganhar uma importância muito mais
notável, ainda é necessária uma melhoria dos negócios online que permita mais confiança e segurança por parte das
empresas e dos consumidores.
PALOMA WAHNON VAZ
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia da EEG/UMinho]
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