segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Transportes sustentáveis: cruciais para combater a mudança climática? Tem efeitos na economia?

O efeito de gases com efeito de estufa é o principal responsável pelas alterações climáticas no Planeta, que afeta bastante a economia mundial e onde se prevê um aumento de 2ºC no aquecimento global, correspondente a um impacte até 11% no PIB. Uma medida crucial que combata isto pode ser a utilização de transportes sustentáveis, que contribuiria para a recuperação e o crescimento da economia. Contudo, estes poderiam trazer desigualdades entre os indivíduos visto que nem todos conseguiriam ter acesso aos mesmos.

Para solucionar isto, a UE comprometeu-se a reduzir, até 2050, 90% desses efeitos no setor do transporte, através do Objetivo 55, apresentado em julho de 2021, que inclui os objetivos do Pacto Ecológico Europeu visando a descarbonização e o aumento da sustentabilidade da mobilidade europeia. Pretendia reduzir a pegada ambiental do setor da aviação e até 75% a intensidade das emissões de gases com efeito de estufa provenientes da energia utilizada a bordo dos navios, promovendo a utilização de combustíveis mais ecológicos.

O transporte ferroviário é considerado o meio de transporte mais sustentável, existindo a necessidade de aumentar a resiliência do setor e de investir na interoperabilidade dos sistemas nacionais e no reforço da conectividade.

A Comissão avançou com uma proposta de revisão da legislação em vigor, destinada a acelerar a criação de uma infraestrutura de carregamento de veículos com combustíveis alternativos, incluída no Objetivo 55, ficando o Conselho de analisar esta proposta.

O Acordo de Paris foi adotado em dezembro de 2015 e entrou em vigor em novembro de 2016, com o objetivo de limitar o aumento da temperatura média global a níveis bem abaixo dos 2ºC acima dos níveis pré-industriais, e prosseguir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC, com o objetivo de reduzir os riscos e os impactes das alterações climáticas.

Assim, a meu ver, é urgente que se faça algo relativamente a este assunto se pretendemos viver com uma economia limpa daquilo que nos prejudica a vários níveis, usando de forma inteligente os recursos naturais a que temos acesso, sem prejudicar as gerações futuras, tentando poluir o menos possível. Estarmos perante uma indústria de carbono zero é contribuir para o desenvolvimento sustentável, para a sustentabilidade e, consequentemente, para o crescimento económico, com efeitos bastante positivos para a economia!

 

Joana Correia

Bibliografia

https://www.consilium.europa.eu/pt/policies/clean-and-sustainable-mobility/

[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho] 

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