quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Défice e Divida das Administrações Públicas

     É do conhecimento público que Portugal é um país devedor, com necessidades líquidas de financiamento cada vez mais evidentes e com poucas possibilidades de poder pagar aos seus credores. Todos os dias são noticiados os números do défice externo e da dívida pública em relação ao PIB e do quanto esses números estão distantes dos Critérios de Convergência Nominal estabelecidos no âmbito da criação de uma moeda única.
     Uma das principais causas para estes sucessivos aumentos do défice e da dívida pública é o sucessivo endividamento da Administração Central e da também sucessiva necessidade de financiamento, sendo que há um aumento da necessidade de endividamento a partir do ano de 2011. No entanto, este défice da Administração Central não é causado pelo Investimento em Formação Bruta de Capital Fixo, pois esse Investimento tem vindo a cair a partir do mesmo ano. Este défice é causado, sobretudo, pelo pagamento de Juros e de Empréstimos, tanto a Longo como a Curto Prazo.
     Por outro lado, tem-se verificado a um excedente nas contas das Administrações Locais, também a partir do ano de 2011, sendo que no ano 2011 contava com uma necessidade líquida de financiamento (-586), passando para 855,9 e 601,5 em 2012 e 2013, respectivamente.
     Em relação aos dados da Administração Central, podemos ver que há um decréscimo acentuado nas receitas do Estado a partir de 2011, sobretudo devido aos sucessivos aumentos de impostos, sendo que no ano de 2011 o Estado obteve uma Receita Total de 76.936M e no ano de 2012 decresceu para 67.794M. Esta decréscimo deveu-se ao menor montante de imposto arrecadado pelo Estado. Em relação à Despesa Total do Estado, houve também um decréscimo, porém, não em tanta proporção como as Receitas, sendo que em 2011 o Estado gastou cerca de 84.458M e em 2013 teve uma despesa de cerca de 78.419M.

Pedro Ulisses Rodrigues Veloso Soares

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1ºciclo) da EGG/UMinho]

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