Segundo dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) em 2011 a dependência energética de Portugal era de 78,1%.
Este nível de dependência reduz a capacidade competitiva da economia portuguesa e coloca-a numa posição frágil em relação a futuros choques internacionais, tais com os da década de 70, e dada a instabilidade do mundo árabe é impossível afirmar que não irão novamente acontecer choques dessa natureza.
A aposta nas energias renováveis irá favorecer a redução do preço da energia, pois a tendência do preço dos combustíveis fósseis é de contínuo aumento dado que não são ilimitados, este investimento tornará a economia portuguesa mais competitiva favorecendo desse modo as exportações e a atração de investimento direto estrangeiro.
Sendo a energia um setor estratégico de qualquer país, Portugal encontra-se reduzido na sua capacidade de levar a cabo transformações significativas nesse setor: a propriedade das empresas está nas mãos de privados, pelo que a transformação deve ser imposta por força de Lei ou por incentivos monetários. A segunda tem sido a estratégia mais seguida, havendo neste momento problemas relacionados com pagamentos de rendas excessivas.
A redução da dependência energética produz resultados ao nível da melhoria da balança comercial e reduz o impacto na economia portuguesa de choques nos mercados internacionais. Deste modo é imperativo que sejam tomadas medidas relativas à eficiência energética e substituição de energias provenientes de combustíveis fósseis por energias renováveis.
Ricardo Matos Lima
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Sem comentários:
Enviar um comentário