A viragem do século trouxe, na generalidade, graves problemas para a maioria das economias mundiais, e a portuguesa, tal a sua fragilidade, não é excepção. De facto, com a viragem do século a população portuguesa depressa se apercebeu que durante vários anos usufruiu de uma qualidade de vida paga com dinheiro que não era seu, de onde surgiram graves consequências. Uma consequência directa foi o rápido endividamento, não só no sector público, caso este que não é tão grave como no sector privado, o que por consequência trouxe para o flagelo que é o desemprego milhares de portugueses.
Começo por dizer que em Janeiro do ano corrente se verificou um máximo histórico no nível de desemprego em Portugal, 17.6%, mas o mais preocupante é a elevada taxa de desemprego Jovem, que em Portugal, este ano, atingiu os 37.1%!
Adicionando a este valor elevadíssimo, acresce ainda a redução da despesa com a educação, que está prevista no novo Orçamento de Estado, que será ou não aprovado ainda este mês. Com tudo isto, nós, os jovens, ficamos inegavelmente preocupados sobre qual a nossa situação no mercado de trabalho, como iremos lá chegar e quando, sendo essa a nossa principal preocupação.
É portanto normal que neste corrente ano tenha havido uma diminuição de candidaturas ao Ensino Superior, o que reflecte não só a falta de condições socioeconómicas das várias famílias para que os seus filhos frequentem o Ensino Superior mas, também, a descrença no resultado em termos de empregabilidade de uma licenciatura.
Portanto, retrocedemos várias décadas no que toca à Educação, já que há um desinvestimento neste sector, apesar de ser mais que certo que um investimento na educação traduz-se, em norma, por um crescimento económico duradouro e eficaz da economia, como é de fácil observação em países como a Noruega e a Suécia.
António José Rodrigues Peixoto
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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