sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A Solução do Crescimento Economic

Desde do início da crise financeira que grande parte das economias se apresentam sem crescimento e/ou em recessão. No caso Português, este problema é ainda mais grave pois o crescimento económico poderia ser a melhor solução para o problema da dívida pública e do défice. Para reverter a situação, o governo tem tomado várias medidas, mas nenhuma delas tem por fim melhorar o crescimento económico; não são realmente medidas estruturais.
De forma a melhorar as contas públicas, a cada momento, são instauradas medidas de austeridade: subida de IVA, cortes nos subsídios de férias, aumento no IRS, aumentos na TSU, entre outras. No fundo, estas medidas retiram rendimento aos trabalhadores com o objetivo incutido da diminuição das importações dos portugueses. No entanto, o consumo de bens internos também acaba por baixar e chegamos a um momento onde as desigualdades sociais aumentam em grande escala. Acontece que a cada instante que estamos em contacto com os meios de comunicação social deparamo-nos com uma maior quantidade de indústrias a lançarem os seus empregados para o desemprego. Ao fecharmos as indústrias nacionais, deixamos de produzir internamente e a produção nacional baixa. Não deixando de lado a enorme quantidade de novos desempregados que começam a ter grandes dificuldades para atingirem condições de vida dignas. Em torno destas medidas de austeridade faltam reformas estruturais que fomentem o crescimento da economia portuguesa. O FMI realçou esta ideia numa comunicação para os vários países que se encontram com problemas de dívida externa, mencionado que “o défice é importante, mas não se pode esquecer o crescimento económico”.
Pedro Passos Coelho também tem mencionado o crescimento económico em várias intervenções para o país. No dia 30 de Junho de 2011, no Discurso do Primeiro-Ministro na apresentação do Programa do Governo, proclamou: “Acreditamos no crescimento económico como um valor político e social, e acreditamos na capacidade das nossas políticas para promoverem esse crescimento. Sabemos que o grande motor do crescimento económico é a geração de ideias. Sabemos que as necessidades que uma economia procura satisfazer dependem menos dos recursos materiais do que da invenção de novas e melhores maneiras de utilizar os recursos existentes.” No entanto, com o decorrer do tempo as medidas tomadas em nada têm contribuído para este sentido.
O governo deve tentar melhorar a nossa competitividade face ao exterior de forma a aumentarmos as exportações e a diminuirmos as importações. O país deve começar a produzir novos produtos para que haja criação de emprego e principalmente para melhorar o saldo da balança corrente. No fundo, é tornar realidade, ou seja, em atos, as palavras proclamadas no Discurso do Programa do Governo pelo atual primeiro-ministro.

Maria de Fátima Barbosa da Cunha

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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