Desde do
início da crise financeira que grande parte das economias se apresentam sem
crescimento e/ou em recessão.
No caso Português, este problema é ainda mais grave pois o crescimento
económico poderia ser a melhor solução para o problema da dívida pública e do
défice. Para reverter a situação, o governo tem tomado várias medidas, mas
nenhuma delas tem por fim melhorar o crescimento económico; não são realmente
medidas estruturais.
De forma a
melhorar as contas públicas, a cada momento, são instauradas medidas de
austeridade: subida de IVA, cortes nos subsídios de férias, aumento no IRS,
aumentos na TSU, entre outras. No fundo, estas medidas retiram rendimento aos
trabalhadores com o objetivo incutido da diminuição das importações dos
portugueses. No entanto, o consumo de bens internos também acaba por baixar e
chegamos a um momento onde as desigualdades sociais aumentam em grande escala.
Acontece que a cada instante que estamos em contacto com os meios de
comunicação social deparamo-nos com uma maior quantidade de indústrias a
lançarem os seus empregados para o desemprego. Ao fecharmos as indústrias
nacionais, deixamos de produzir internamente e a produção nacional baixa. Não
deixando de lado a enorme quantidade de novos desempregados que começam a ter
grandes dificuldades para atingirem condições de vida dignas. Em torno destas
medidas de austeridade faltam reformas estruturais que fomentem o crescimento da
economia portuguesa. O FMI realçou esta ideia numa comunicação para os vários
países que se encontram com problemas de dívida externa, mencionado que “o
défice é importante, mas não se pode esquecer o crescimento económico”.
Pedro Passos
Coelho também tem mencionado o crescimento económico em várias intervenções
para o país. No dia 30 de Junho de 2011, no Discurso do Primeiro-Ministro na apresentação do Programa do Governo,
proclamou: “Acreditamos no crescimento económico como um valor político e
social, e acreditamos na capacidade das nossas políticas para promoverem esse
crescimento. Sabemos que o grande motor do crescimento económico é a geração de
ideias. Sabemos que as necessidades que uma economia procura satisfazer
dependem menos dos recursos materiais do que da invenção de novas e melhores
maneiras de utilizar os recursos existentes.” No entanto, com o decorrer do
tempo as medidas tomadas em nada têm contribuído para este sentido.
O governo
deve tentar melhorar a nossa competitividade face ao exterior de forma a
aumentarmos as exportações e a diminuirmos as importações. O país deve começar
a produzir novos produtos para que haja criação de emprego e principalmente
para melhorar o saldo da balança corrente. No fundo, é tornar realidade, ou
seja, em atos, as palavras proclamadas no Discurso do
Programa do Governo pelo atual primeiro-ministro.
Maria de
Fátima Barbosa da Cunha
Sem comentários:
Enviar um comentário