sábado, 13 de outubro de 2012

Envelhecimento da população e sustentabilidade dos Sistemas de Segurança Social

No presente artigo vou expor um daqueles que é um problema geral dos países desenvolvidos na actualidade, que é ele o envelhecimento da população e a sustentabilidade dos sistemas de segurança social.
Ao observamos a pirâmide etária dos países desenvolvidos, verificamos que a mesma é estreita na base e longa no topo, o que demonstra que a população idosa supera a população jovem em termos de número. Esta  situação será, contudo, mais grave do que à primeira vista poderá aparentar.
     Pensando de uma forma até bastante básica, facilmente conseguimos perceber que o facto de existirem menos jovens do que idosos fará com que não exista população activa suficiente a realizar descontos para a segurança social, o que terá como consequência  a ausência de meios, por parte do sistema em questão, para pagar as reformas à população já aposentada. O fenómeno do envelhecimento da população fará, portanto, com que os sistemas de segurança social entrem em ruptura.
      Esta situação torna-se ainda pior quando a solução para a mesma não é facilmente acessível. Refiro-me ao conceito de “renovação de gerações “. Renovar as gerações permitiria aumentar o número de população jovem, que, por sua vez,  implementariam um espírito mais dinâmico e empreendedor na economia. No entanto, e falando do caso específico português, para que tal fenómeno acontecesse, seria necessário cada mulher ter em média 2,1 filhos, estando a média actual em 1,5 filhos por mulher.
      Por fim, gostaria de sugerir algumas medidas que, caso fossem implementadas pelas entidades responsáveis, poderiam combater este problema. No geral, são medidas como o incentivo à natalidade, a atribuição de subsídios por cada filho “extra” que um casal opte por ter, o aumento dos abonos de família, o aumento das licenças de paternidade/maternidade, a criação de cresces com condições e acesso gratuito à educação. Na minha opinião, estas seriam medidas onde valeria a pena investir por parte dos governos.

João Emanuel Cardoso Moça

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho] 

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