Desde de há dez anos que se fazem diversas especulações sobre a sustentabilidade do sistema social Português.
O futuro deste organismo é facilmente decifrável mas a questão fundamental será qual o melhor meio de o atingir.
No início do século XX foi criado um sistema de seguros sociais obrigatórios que, desde então, habituou a população a um futuro garantido pelas gerações mais novas.
Este sistema de descontos começou a apresentar problemas profundos com a evolução tecnológica. O fenómeno da globalização desenquadrou a tradicional família portuguesa (3 filhos por mulher), aproximando-a da realidade europeia: 1,37 filhos por casal, em 2010.
A trajetória demográfica que se regista tornou a pirâmide invertida a figura mais temida da segurança social.
Apresentando receitas cada vez mais decrescentes relativamente às despesas, cria-se o alerta para o fim do sistema social.
As reformas garantidas pelo estado já não devem estar nas expectativas de nenhum jovem ou adulto, o que exige a iniciação de um reforçado plano de poupanças.
Contudo, a atual conjuntura económica do país leva os portugueses a adiarem os problemas futuros, atribuindo o seu baixo rendimento às elevadas despesas.
Esta situação poderá ser o início da falência de várias famílias que, até aos dias de hoje, têm descontado para o sistema nacional e poderão nunca chegar a usufruir do mesmo, ficando sem apoios na idade da reforma.
Sendo que Portugal é dos países europeus que menos poupa e o rácio atual de 129 idosos por 100 jovens não permite compensar os gastos sociais é urgente alertar e instruir toda a população para melhorar os seus hábitos de poupança. Prevenindo graves consequências de um possível colapso do Sistema de Segurança Social.
Ana Sofia Noivo
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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