Portugal têm-se revelado um país cada vez mais
de emigrantes. A deterioração das condições económicas e sociais do país são a
principal razão de tal fenómeno. Como tal, a busca por melhores condições de
trabalho, melhores remunerações, em geral o melhoramento das condições de vida,
representam o motivo da deslocação.
Há dados que revelam que só este ano emigraram
cerca de 120 mil portugueses, tendo como principais destinos França, Suíça e
Brasil.
Este êxodo verifica-se essencialmente nas
classes etárias jovens e adultas. As estatísticas sobre a camada jovem
preocupam não só os responsáveis do nosso governo como a nós, futuros
licenciados. Muitos dos recém-licenciados são como que obrigados a emigrar para
poder exercer a profissão para a qual estudaram tantos anos, havendo assim uma
deslocação de mão-de-obra qualificada, a denominada “ fuga dos cérebros”. Esta
situação deve-se em grande parte a não terem perspectivas de poder entrar no
mercado de trabalho português, pois este encontra-se saturado e a sua remuneração
ser abaixo do devido. Em termos percentuais, cerca de 20% dos licenciados sai
do seu país rumo ao estrangeiro.
Analisando também os benefícios deste fenómeno,
nomeadamente as remessas de emigrantes, estas são consideradas uma das principais
fontes externas de financiamento do desenvolvimento. No entanto, com o decorrer
dos anos, o peso das remessas de emigrantes tem
diminuído progressivamente. Desde 2008 que se mantêm nos 1,4%.
Em forma de conclusão, devido à conjuntura
económica do país, com taxas de desemprego tão elevadas, a vida é cada vez mais
cara, o salário mais baixos e, consequentemente, o poder de compra tem vindo a
diminuir. Neste contexto, a emigração será cada vez mais a escapatória dos
portugueses.
No
entanto, nem tudo na emigração é negativo, pois podem criar-se parcerias
vantajosas para o nosso país e o efeito positivo que as remissas têm nas
balanças portuguesas também é de valorizar.
“Em
Portugal a emigração não é, como em toda a parte, a transbordação de uma
população que sobra; mas a fuga de uma população que sofre” (Fernando Pessoa).
Diana
Teixeira
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